Desenvolvimento das crianças
Tenho pesquisado a fundo o tema da minha monografia e a cada artigo que leio a respeito de desenvolvimento infantil me deparo com praticamente as mesmas conclusões. Dentre elas, destaquei duas: "O desenvolvimento emocional saudável de uma criança começa desde o momento fetal", e "O desenvolvimento emocional saudável de uma criança depende do afeto e do apego da relação que tem com sua mãe."
A partir do momento que o sistema nervoso do feto é formado, ele já pode sentir tudo o que a sua mãe sente, porém antes disso todos as substâncias de alegria e tristeza que o corpo da mãe produz passa para o bebê. Então é fundamental que as mamães tenham a ciência de gerar um filho com bem estar e tranquilidade.
Hoje a maior parte das mulheres trabalha fora de casa, mas nunca deixaram de ter o desejo de constituir família. Não vejo nada de mal nisso, porém o que me preocupa é que a maioria não se planeja, e nascem os filhos e estes são deixados desde cedo nas creches e escolinhas. Isso é fato. E infelizmente não vejo nada por aí alertando os pais que a separação, mesmo que parcial, pode gerar danos no desenvolvimento emocional de uma criança.
Quem estudou a fundo sobre a saúde emocional de crianças foi John Bowlby.
Nas palavras de Bowlby (1988), a saúde mental da criança
depende de que ela tenha: .... a vivência de uma relação calorosa,
íntima e contínua com sua mãe (ou uma mãe substituta
permanente . uma pessoa que desempenha, regular e
constantemente, o papel de mãe para ela) na qual ambos
encontrem satisfação e prazer.
Pelas leis de diretrizes de bases cada professora pode ter entre 7 a 10 bebês em uma sala na fase de 0 a 1 ano. Agora, será que essa profissional dará "conta" de viver uma relação calorosa, íntima e contínua com 7 bebês ao mesmo tempo? Mesmo que sejam 2 professoras. Isso é impossível.
Não quero deixar ninguém com a consciência pesada, e sim fazer um alerta de que apesar de hoje parecer normal deixar um bebê de quatro, seis meses na creche, não é!
Essa é a fase de que eles mais precisam das mães!
Os bebês não sabem e não se reconhecem como parte do mundo ainda, eles não entendem o que é separação. No seu íntimo, eles "pensam" que a mãe faz parte deles.
Nos estudos de Bowlby muitas crianças com separação da mãe permanente foram até hospitalizadas. E em separação parcial, muitas apresentaram comportamentos de extrema carência afetiva, violêcia e distúrbios de caráter.
E ninguém diz isso? Pois é!
Para um mundo que vive priorizando o capital, o ter em relação ao ser, é claro que irá omitir essa realidade. Cabe a nós, pais, amigos de pais que tenham filhos, avós, tios, irmãos, colegas, enfim. Cabe a nós estudar sobre esse tema e mudar nosso comportamento!
O nosso mundo depende de pessoas sadias no futuro, e para que isso ocorra precisamos mudar o presente!
Bárbara Sbalqueiro
Bióloga
Especializanda em Educação
Para saber um pouco mais a respeito desse tema consulte o site do scielo e leia livros como este: O desenvolvimento psicológico da Criança